Criticando a forma como os trabalhadores da construção civil em Manaus são tratados pelas empresas e defendendo o direito à greve deles, o vereador Ademar Bandeira (PT) fez seu pronunciamento, nesta segunda-feira (12), no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), quando denunciou que nem água potável é garantida aos operários. De acordo com o parlamentar petista, os patrões e as empresas do setor de construção civil tratam os trabalhadores como se estivessem no tempo da escravidão, quando ninguém tinha direito a nada. "Os trabalhadores não têm segurança nos canteiros de obra, as mulheres não tem banheiro separado, a água que bebem é direto da torneira e a comida é servida em marmitas", assegurou. O vereador lembrou que, para alavancar a construção civil, o governo federal isentou de impostos vários itens de materiais usados pelas empresas, mas o beneficio não é repassado para o trabalhador. "Os patrões não querem tirar um pouco do seu lucro para beneficiar os trabalhadores", disse, completando que Manaus é cidade sede da Copa do Mundo de 2014 e se tornou um canteiro de obras dos mais importantes do país, empregando aproximadamente 40 mil trabalhadores que, entretanto, vivem o dilema de não disporem de condições dignas de trabalho. "Peço providências da Delegacia do Trabalho que não percebe esse absurdo que está acontecendo e não faz nenhuma fiscalização", finalizou.
Fonte: Chris Reis
Fotografia: Plutarco Botelho
Quarenta mil trabalhadores param as atividades em 50 obras em Manaus. As principais obras públicas e privadas de Manaus amanheceram paradas nesta quinta-feira, dia 8, pela manhã. São pelo menos quarenta mil trabalhadores do setor, envolvendo 50 obras públicas e privadas da região que estão sem atividades. O Sindicato dos Trabalhadores da Indústrias da Construção (Sintracomec) está à frente da mobilização. Para o líder da Câmara o vereador Ademar Bandeira (PT) manifestou seu apoio à greve.