11/05/2009

Campanha Salarial

Vitória dos operários da construção civil de Belém que conquistaram melhores salários

Campanha construída na base

A campanha salarial dos operários da construção civil de Belém foi unificada com outros sindicatos da categoria no Pará. Houve um grande processo de mobilização na base, com seminários preparatórios e muita discussão nos canteiros de obra, que reuniram 20 mil trabalhadores.

A patronal não queria negociar. Depois propôs repor apenas a inflação do último ano (4,57%). Os trabalhadores não aceitaram. Uma nova proposta foi feita: 5,0%. No dia 3 de setembro uma assembléia com mais de 2 mil trabalhadores iniciou na frente do sindicato dos trabalhadores, virou passeata e terminou nas portas do sindicato dos patrões, decretando greve por tempo indeterminado.

Maior greve da história do sindicato

No primeiro dia de greve, centenas de trabalhadores chegavam de diversos pontos da cidade, se concentrando na frente do sindicato operário. Logo se percebeu que não se queria apenas um aumento de salário, mas colocar para fora o sentimento de revolta contra a exploração e opressão sofrida diariamente nos canteiros de obra. Os discursos contra a burguesia e os governos, Federal e Estadual, acentuavam esse sentimento.

Uma passeata com cerca de 8 mil trabalhadores (segundo a imprensa divulgou) saiu pelo centro de Belém. Outra passeata, com 2 mil trabalhadores, ocorreu em um ponto distante da cidade (rodovia Augusto Montenegro). Foi uma das maiores mobilizações dos 101 anos do sindicato. A passeata principal foi fechando as obras que ainda tinham alguém trabalhando. Rapidamente as bandeiras do sindicato e da Conlutas chegavam às janelas dos andares mais altos dos edifícios em construção. Até aí nenhum grande incidente. (LeiaMais)...